Inquérito

Fachin arquiva investigação sobre Jaques Wagner no 'quadrilhão do PT'

Congressista era suspeito de integrar uma organização criminosa, juntamente com outros políticos de seu partido, para desviar recursos da Petrobrás

Por FolhaPress
Publicado em 29 de agosto de 2019 | 18:22
 
 
 
normal

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), mandou arquivar investigação sobre a suposta participação do senador Jaques Wagner (PT-BA) em crimes contra a Petrobras.

O congressista era suspeito de integrar uma organização criminosa, juntamente com outros políticos de seu partido, para desviar recursos da estatal. O inquérito ficou conhecido como o do "quadrilhão do PT". 

Dos dez investigados, a PGR (Procuradoria-Geral da República) já havia denunciado oito, entre eles os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Wagner permanecia sob investigação.

Ao trancar o inquérito em relação ao senador, Fachin afirmou que, em dois anos, a PGR não apresentou provas contra o congressista. 
A defesa do senador fez o pedido de arquivamento no mesmo processo em que, há quatro meses, a Segunda Turma do Supremo trancou investigação sobre o ex-ministro e ex-presidente do PT Ricardo Berzoini.

Fachin entendeu que a situação dos dois era semelhante. 
Inicialmente, o ministro havia acolhido um pedido da PGR e determinado a remessa dos autos à 13ª Vara Federal de Curitiba para que as investigações sobre Berzoini e Wagner prosseguissem.
Mas a Segunda Turma optou pelo arquivamento, em relação a Berzoini, ao julgar um recurso da defesa dele contra a medida adotada por Fachin. 

No entendimento do colegiado, não houve a oferta de denúncia pela PGR após mais de dois anos de investigação e tampouco foram indicados elementos que justificassem a continuidade das apurações na primeira instância.

Para o relator da Lava Jato, o caso de Wagner é semelhante ao de Berzoini, pois, conforme informou a PGR nos autos, não foram apontadas novas diligências investigativas necessárias contra ele.
Segundo o relator, a abertura de um novo inquérito, amparado apenas em depoimentos colhidos em colaborações premiadas, imporia constrangimento ao senador. Ele ressaltou que o caso pode ser reaberto se futuramente surgirem novas provas.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!