O governador Romeu Zema (Novo) lamentou a morte do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli. Mineiro de de Bambuí, Paolinelli foi um dos responsáveis pela ampliação do uso da tecnologia na agricultura, com projetos que deram origem a Epamig e a Embrapa.
“Foi um dos maiores nomes que a agricultura já teve e se hoje o Agro brasileiro é essa potência que alienta quase todo o mundo se deve, em boa parte, a ele. Tive satisfação de conviver e aprender muito com ele”, declarou.
Zema compareceu ao velório. Ele cumprimentou a família de Paulinelli e deu uma declaração à imprensa falando sobre a importância do ex-ministro. "Deixou um legado para Minas e para o Brasil. Vislumbrou um progresso da Agricultura brasileira que ninguém apostava até então. Eu fui testemunha desse crescimento. Nasci em Araxá, no cerrado e vi a transformação da região", disse.
O velório teve início nesta quinta-feira (29/06), no Palácio da Liberdade. O sepultamento está previsto para esta sexta (30/06), às 11 horas no cemitério Parque da Colina.
Paolinelli também foi secretário de Agricultura de Minas Gerais em três ocasiões, (1971-1974 | 1991-1994 | 1995-1998). Durante sua primeira gestão, idealizou e coordenou a implementação de uma nova matriz produtiva baseada em um modelo sustentável, unindo novas tecnologias a incentivos de políticas de crédito para estimular a modernização da agricultura mineira.
Com essa política, transformou Minas Gerais no maior produtor de café do país, ao alavancar o desenvolvimento de plantações no Cerrado mineiro, por meio de novas técnicas de plantio desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com as Universidades Federais de Lavras e Viçosa.
Como ministro, entre 1974 e 1979, ele deu início ao uso do cerrado para produção de alimentos. Essa política lhe rendeu a premiação do World Food Prize (2006), a maior condecoração da agricultura no mundo.
Paolinelli também foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em duas ocasiões, 1987 e 1981, por suas contribuições para ampliar a produção de alimentos no mundo.
O governador disse que Paolinelli foi um dos “grandes mineiros”, que merecem ser lembrados. Ele tinha 86 anos e deixa a esposa, Marisa Gonzaga.
Pelas redes sociais, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), também lamentou a morte do ex-ministro. "O seu papel fundamental para o crescimento de Minas e do Brasil será sempre lembrado por todos nós. Meus sentimentos aos familiares e amigos", comentou.