BRASÍLIA - A chamada “Casa da Morte”, um dos principais centros de tortura e assassinato na ditadura militar, em Petrópolis (RJ), vai se transformar no Memorial de Liberdade, Verdade e Justiça.

A desapropriação do imóvel foi possível graças a um convênio firmado entre o governo federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e a Prefeitura de Petrópolis, no valor de R$ 1,4 milhão. 

“O espaço será um símbolo para novas gerações a fim de que crimes do Estado contra brasileiros não se repitam, por meio de esforço entre governo e sociedade civil”, afirmou o MDCH. 

A “Casa da Morte” ficou conhecida por ser um centro de tortura da ditadura militar, sendo denunciada por vítimas do regime. Apesar de que depoimentos confirmam que o local foi utilizado para torturar e assassinar militantes políticos que lutavam pela redemocratização do Brasil, não há dados oficiais sobre o número de prisioneiros que passaram pela casa.  

Há o registro de uma única sobrevivente: Inês Etienne Romeu, que ficou aprisionada por mais de três meses no local e faleceu em 2015. 

Segundo informações do governo municipal, com o depósito do recurso, o próximo passo é garantir a posse do imóvel para dar início à criação do memorial.