BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (27) que o Brasil pode ter “ser um país de classe média” no padrão de nações europeias, mas não no nível da Rússia e de Cuba. 

“Esse país pode se transformar em um país de classe média. Vocês acham que quero um país igual a Rússia? Vocês acham que eu quero um país igual a Cuba? Não. Eu quero um país com padrão de vida igual à Suécia, Dinamarca e Alemanha”, declarou. 

“É esse país que eu sonho para a nossa classe trabalhadora brasileira. É a gente melhorar a condição das pessoas e garantir que elas tenham o mínimo. Então, quando alguém diz assim pra mim: ‘[ o salário] mínimo está muito alto’. Pelo amor de Deus! O mínimo é o mínimo. Não tem como o mínimo ser muito alto se ele é o mínimo. Como é que ele pode ser muito alto?”, criticou.

As falas do petista ocorreram durante pronunciamento na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), popularmente conhecido como “Conselhão”. Na avaliação do presidente, o objetivo do ‘Conselhão’ e do governo dele é melhorar a qualidade e as condições para a classe trabalhadora brasileira. 

O grupo é composto por agentes econômicos (como banqueiros, empresários e indústrias), além de ser formado por artistas, atores sociais, políticos e ministros de Estado. O ‘Conselhão’ foi criado ainda nas primeiras gestões do petista (2003-2010), mas foi extinto na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O colegiado foi retomado em 2023.

Em meio a pressão inflacionária e cobranças do mercado para o governo federal realizar corte de despesas e gastos para não aumentar mais a dívida da União, o presidente Lula chamou de ‘troco' o caso do Brasil perante a dívida pública de nações desenvolvidas, a exemplo da Itália, Japão e França. “Não é dívida, é troco de tão pequena que é se comparada aos outros”.