BRASÍLIA - A reunião inicialmente agendada para esta semana entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os reitores de universidades e institutos federais de ensino superior foi adiada para a próxima segunda-feira (10). Inicialmente, a reunião estava prevista para a quinta-feira (6).

O adiamento da reunião foi necessário após o presidente Lula decidir retornar ao Rio Grande do Sul pela quarta vez nesta desde o começo da tragédia climática que afetou o Estado. Ele visitará o Vale do Taquari, uma das regiões mais devastadas pelas chuvas.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), está em Brasília nesta noite de terça-feira (4), buscando uma reunião com Lula no Distrito Federal. Entretanto, a tendência é que a agenda ocorra somente no Estado do tucano. Leite participará de evento no Palácio do Planalto, pelo Dia do Meio Ambiente, e terá agenda com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Entenda a greve

Além da decisão de Lula pelo retorno ao Rio Grande do Sul, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) recebeu um pedido da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) para mediar as negociações com o governo federal visando o fim da greve.

Iniciada em 3 de abril, a paralisação envolve professores e servidores das universidades federais, que exigem um aumento salarial de 7,06% em 2024, 2025 e 2026.

Além disso, os manifestantes demandam melhorias nas condições de trabalho, um melhor plano de carreira e a revogação de decretos dos últimos governos. Os servidores também reivindicam a recomposição do orçamento de investimento na rede federal de ensino.

Embora o governo federal tenha aumentado o aporte em 2023 em comparação com 2022, este ano a verba diminuiu. As instituições afirmam precisar de R$ 2,5 bilhões a mais para fechar o ano.

Em meio ao crescimento do movimento grevista, o governo apresentou uma proposta para atender à categoria. A oferta incluía um reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026, mantendo os salários inalterados para este ano. No entanto, o sindicato rejeitou a proposta, mantendo a greve.