BRASÍLIA. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter "ambição pelo poder" ao discursar, neste sábado (6), na 5ª edição da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário Camboriú (SC), ao lado de outros expoentes do bolsonarismo.

Em uma palestra, Bolsonaro afirmou que o Brasil está perto de atingir o sucesso como nação, mas que algumas questões “atrapalham” que isso aconteça. Também negou que tenha “ambição pelo poder” e fez críticas à imprensa.

Este foi o primeiro compromisso público de Bolsonaro desde que foi indiciado pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (4), no inquérito que apura a suposta venda irregular de joias e outros presentes oficiais recebidos por ele em agendas pelo exterior. O relatório indica crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Ele nega as acusações.

"Termino aqui sem citar nomes, mas à grande imprensa que me critica, estou à disposição de vocês por duas horas para ser sabatinado sobre qualquer coisa. Se acham que vão me desgastar, saibam que as mídias sociais nos deram a liberdade e, por isso, querem censurar. [...] Será a maior audiência da história dessa televisão, pode ter certeza. Estou pronto para discutir sobre tudo, qualquer assunto, ao vivo, sem manipulação e sem edições", disse.

Além de Bolsonaro, participam do evento o presidente da  Argentina, Javier Milei, que deve se encontrar com o ex-presidente brasileiro, e parlamentares  como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Ricardo Salles (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carline De Toni (PL-SC), além do senador Magno Malta (PL-ES). O deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte, é outra presença confirmada.

O evento ainda contará com outras presenças estrangeiras além de Milei. Entre elas, o chileno José Antonio Kast, que disputou a presidência do Chile em 2021 e é defensor do ditador Augusto Pinochet; e o ministro da Justiça de El Salvador, Gustavo Villatoro, governo que tem sido citado por direitistas da América Latina como referência na área de segurança pública após alcançar a maior taxa de detentos do mundo e construir uma mega prisão sob a gestão de Nayib Bukele.