BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (20) que a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que nenhum ministério adote medidas sem comunicar ao Palácio do Planalto tem como objetivo o combate a disseminação de notícias falsas nas redes sociais. 

“É importante, para qualquer ministério, que se tenha centralidade nas decisões. A informação organizada tem que chegar antes da mentira, da desinformação”, disse, em entrevista a jornalistas, após reunião ministerial do presidente Lula.

“Para isso, tem que ter um plano de comunicação para todas ações, independente de ministério, tem que ser discutido com a Comunicação. Não podemos permitir que a mentira prevaleça à verdade”. 

Na semana passada, o governo precisou revogar um ato normativo da Receita Federal após divulgação de notícias falsas nas redes sociais sobre taxação do Pix. 

“O patamar de disputa política mudou de qualidade. E mudou para pior. As redes digitais propiciaram a propagação do ódio, mentira, segmentação de informação. A mim assusta muito quando a gente faz pesquisa e 40% da população responde que se informa exclusivamente por grupo de zap", destacou. 

Para fazer um contraponto às fake news, o ministro disse que presidente será mais presente, falará mais e viajará mais pelo Brasil. “A ideia é que o presidente seja mais presente, fale mais com a imprensa e que esteja mais presente nos Estados”, afirmou Rui Costa. 

“2025 definitivamente será o ano das entregas, para consolidar tudo, para que a população tenha nítida percepção de tudo que foi feito”, disse o chefe da Casa Civil. 

Rui Costa também criticou a oposição que, segundo ele, só quer “lacrar” na internet. “Nada, absolutamente nada, supera o trabalho. O trabalho não será vencido pela mentira, pela preguiça. Nunca fizeram nada pelos seus estados, apenas ficam com aparelhinho na mão para lacrar”, acrescentou. 

Reforma ministerial não esteve na pauta da reunião 

Rui Costa disse também que a reforma ministerial não foi pauta da reunião e que não há previsão de mudanças no governo. “O presidente não tomou qualquer decisão sobre isso. Esse assunto não foi pauta da reunião. Ele continua refletindo. Ele pode trocar ministro a qualquer momento. Aqui o presidente pode substituir a qualquer hora quem ele queira. Não há previsão de início e nem de final de reforma ministerial”, disse o ministro.