BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) almoçou nesta quinta-feira (7/8) com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Também participaram do encontro quadros da legenda, como o deputado federal Antônio Brito (BA) e o senador Omar Aziz (AM) e os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca). A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, esteve presente.

O almoço fez parte de uma rodada de conversas entre Lula e dirigentes de partidos da base aliada no Congresso Nacional. O presidente tem cobrando mais "fidelidade" de partidos como o PSD, MDB, União Brasil e PP.

Apesar do partido que comanda ocupar cargos no primeiro escalão do governo Lula, Kassab é secretário no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente do PSD já fez diversas críticas públicas à gestão Lula. Em janeiro, reclamou do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que o presidente perderia se a eleição ocorresse naquele momento. 

Após a prisão domiciliar de Bolsonaro, Kassab manifestou solidariedade e criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O partido tem três ministérios na Esplanada - Minas e Energia, Agricultura (Carlos Fávaro) e Pesca. Mas tudo indica que não apoiará a reeleição de Lula. Os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, são cotados como possíveis candidatos do partido à Presidência da República em 2026. 

Nos últimos dias, Lula se reuniu com ministros do MDB e lideranças da legenda no Palácio da Alvorada. Entre eles, Simone Tebet (Planejamento), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes).

Ministros do União Brasil também tiveram encontro com o presidente. Frederico Siqueira Filho (Comunicações), Waldez Góes (Integração Nacional) e Celso Sabino (Turismo) ouviram reclamações do presidente sobre falas públicas do presidente da legenda, Antônio Rueda, e do líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), contra o governo.