A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou a liberação para venda em farmácia de mais seis autotestes de Covid-19. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (9) e o motivo ainda não foi divulgado pela autoridade sanitária.
Os produtos indeferidos são os fabricados pelas empresas Argoslab Distribuidora de Produtos para Laboratórios, Diagmaster Científica, Hi Technologies, Katal Biotecnologia, Nutriex e QR Consulting, Importacao e Distribuicao de produtos Médicos.
Agora, já são nove os pedidos de registro de autotestes negados pela Anvisa. Na segunda-feira (7), três foram rejeitados “em razão da falta de estudos e documentos completos sobre os produtos que solicitaram autorização”. Outros três receberam a negativa porque pediram a liberação de venda antes da aprovação do tipo de exame e, por isso, não entraram na contagem oficial.
Até a manhã desta quarta, foram recebidos 53 pedidos de registros de produtos segundo painel disponível no site da Anvisa. Desse total, 44 ainda estão em análise, sendo que em seis casos a autoridade sanitária exigiu das empresas fabricantes a apresentação de dados complementares.
A Anvisa aprovou a comercialização de autotestes no Brasil em 28 de janeiro com o objetivo de ampliar os métodos de testagem, estimular o isolamento precoce e permitir a identificação do fim do período de transmissão da doença (com o resultado negativo após o isolamento), em meio à explosão de casos com a circulação da variante ômicron.
A política pública proposta pelo Ministério da Saúde não prevê a distribuição de autotestes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A venda será exclusiva em farmácias físicas ou virtuais e o exame será feito de forma 100% doméstica, com coleta nasal ou de saliva e resultado em torno de 10 a 20 minutos.
Caso o resultado seja positivo, a pessoa deverá se isolar imediatamente. Além disso, deverá procurar uma unidade de atendimento de saúde ou um teleatendimento para que um profissional da saúde realize a confirmação do diagnóstico e faça a notificação às autoridades sanitárias.
A avaliação por um profissional será necessária porque o autoteste funcionará como uma “triagem” e não será considerado como comprovante para viagens ou para licença médica laboral, por exemplo, porque a classificação da doença no laudo só pode ser assinada por um médico.
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