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Bolsonaro pede a caminhoneiros para fiscalizar preços em postos de combustíveis

Bolsonaro chegou a citar “os fiscais do Sarney, como ficaram conhecidos os cidadãos brasileiros que iam aos supermercados para denunciar preços fora dos fixados pelo governo de José Sarney

Por Renato Alves
Publicado em 07 de junho de 2022 | 14:51
 
 
 
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Um dia após anunciar um pacote de até R$ 50 bilhões, com corte de tributos sobre gasolina e repasse para estados, Jair Bolsonaro implorou aos caminhoneiros para ajudar no controle do preço do diesel.

Em entrevista nesta terça-feira (7), o presidente reforçou o pedido a motoristas de veículos pesados para fiscalizar se donos de postos de combustíveis não estão aumentando o lucro abusivamente.

"Hoje (terça) comecei a falar pros caminhoneiros, todo mundo, fotografar ali painéis das bombas de combustíveis. Porque, quando se promulgar a PEC, sancionar o PL, a redução já é pro dia seguinte", disse Bolsonaro em entrevista ao SBT

O presidente afirmou que vai exigir que fique discriminado, ao lado das bombas dos postos de combustíveis, o preço de custo da gasolina nas refinarias que abastecem o posto.

"Agora a gente vai exigir que a margem de lucro dos tanqueiros e dos donos de postos de combustíveis não seja majorada com nossa diminuição de impostos", afirmou o presidente.

Bolsonaro afirma que medida não é igual ao tabelamento de Sarney

Bolsonaro chegou a citar “os fiscais do Sarney”, como ficaram conhecidos os cidadãos brasileiros que iam aos supermercados para denunciar aumentos abusivos no início do governo de José Sarney (1985-1990), que prometia uma milagre para conter a galopante inflação, herdada da ditadura militar (1964-1985).

A equipe econômica de Sarney, que só assumiu por causa da morte do mineiro Tancredo Neves, o primeiro presidente civil pós-ditadura, decidiu congelar e tabelar preços, no chamado Plano Cruzado, que criou a moeda Cruzado e cortou zeros nos valores. As medidas fracassaram e o país voltou a conviver com hiperinflação.

"Não é [como] fiscal do Sarney lá atrás, o fiscal do Sarney foi em cima de tabelamento, não deu certo. A gente não pode tabelar do lado de cá", ponderou Bolsonaro. (Com Folhapress)

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