O Ministério de Relações Exteriores afirmou que o governo brasileiro “acompanha com grave preocupação” o ataque do Irã a Israel no sábado (13) com mais de 300 drones e mísseis. Em nota, o Palácio do Itamaraty apelou para os dois países “máxima contenção” e convocou a comunidade internacional a “mobilizar esforços” para evitar a escalada do conflito.
“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, diz nota.
Em outro comunicado divulgado pelo Itamaraty na noite de sábado, o governo federal orienta que brasileiros evitem viajarem e se deslocarem para os seguintes países: Israel, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã.
No caso dos cidadãos que já se encontram nas nações acima citadas, o Ministério de Relações Exteriores do Brasil soltou a seguinte recomendação:
Os dados de contato dos plantões consulares das repartições diplomáticas brasileiras na região são os seguintes:
As embaixadas do Brasil na região estavam em alerta desde sexta-feira (12). Em Israel, por exemplo, o governo orientou que aqueles que julgassem ser essencial a permanência em Israel, que evitassem deslocamentos até as áreas de fronteira”, orientou. Já no Irã, a embaixada está auxiliando membros da comunidade brasileira para uma saída do país.
O ataque aéreo com cerca de 300 artefatos demoraria algumas horas para chegar no território israelense e, de acordo com o departamento de segurança de Israel, são defensáveis. Para conter a situação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou um gabinete de guerra.
Já a Casa Branca informou que os Estados Unidos apoiarão Israel na defesa do território. Antes da confirmação dos ataques, tropas norte-americanas foram enviadas ao Oriente Médio na manhã deste sábado. O receio era uma escalada entre Irã e Israel, após os seis meses de guerra entre o Exército israelense e o Hamas.
Os EUA possuem um contingente de cerca de 40 mil militares empenhados nos países próximos à região do conflito. A preocupação com um conflito regional ocorreu após o Irã prometer responder ao bombardeio contra o seu consulado em Damasco, que matou dois generais em 1º de abril. O país culpa Israel pelo episódio.
O estopim se deu após a Guarda Revolucionária Iraniana apreender, neste sábado, um navio de carga português que ela diz estar "ligado a Israel", no Estreito de Ormuz. De acordo com a IRNA, agência de notícias estatal iraniana, um helicóptero das forças especiais da Marinha da Guarda abordou o navio, chamado MSC Aries, e o levou para águas territoriais do Irã.