O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), durante reunião com representantes dos 37 ministérios do governo que “daqui pra frente é proibido ter novas ideias” e que é preciso cumprir o que já foi prometido.
Diante disso, endossou pressa para lançar o que chamou de “PAC 3”. A sigla faz referência a Plano de Aceleração do Crescimento (Pac) que marcou as primeiras gestões petistas.
“Nós temos que lançar no começo de julho um novo programa de desenvolvimento. E deve se chamar de PAC 3, porque é um nome consolidado mesmo. A gente vai ter que lançar esse programa. Daqui pra frente a gente vai ser proibido de ter novas ideias, a gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora”, afirmou.
O mandatário disse ainda que o encontro é, provavelmente, o último do tipo antes de uma reunião que deve ocorrer no final deste ano. Diante disso, Lula pontuou que o governo inicia uma nova fase no segundo semestre.
O petista disse ainda que as reuniões ministeriais anteriores trataram da organização dos ministérios, reconstrução das políticas públicas "desmontadas" pela gestão anterior e da "briga do orçamento".
Ele acrescentou ainda que falta lançar alguns programas como "Luz Para Todos" e "Água para Todos". O mandatário voltou a cobrar que os programas lançados não são de um determinado ministro, mas sim, fazem parte de uma política de governo.
Conforme explicou a reunião ministerial vai servir como um balanço de ações realizadas nos seis primeiros meses da gestão. Cada ministro terá de 8 a 10 minutos para discursar.
Todos os 37 ministros foram convidados para participar da reunião. Porém, se ausentaram e mandaram representantes: Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) está em viagem no exterior e Marina Silva (Meio Ambiente) está internada em um hospital em São Paulo com dores na coluna.
O encontro conta com a presenção também de líderes de governo na Câmara, Senado e Congresso; presidentes dos bancos públicos e da Petrobras.
A reunião ministerial ocorre em meio as tensões entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. O caso mais evidente é a possível demissão da ministra do Turismo Daniela Carneiro. Filiada ao União Brasil do Rio de Janeiro, o partido dela pediu a pasta após Daniela pedir, na Justiça, para sair da legenda. Porém, o ministério do Turismo foi dado ao União Brasil como cota de apoio para o governo ter uma base no Congresso.
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