Uma semana após o presidente Jair Bolsonaro declarar, em visita a Moscou, que “o Brasil é solidário à Rússia”, o Ministério das Relações Exteriores estuda uma mudança de postura.
Diplomatas e militares querem que o país reveja a posição de neutralidade em relação ao conflito na Ucrânia e condene os ataques da Rússia, iniciados no fim da noite de quarta-feira (23), no horário de Brasília.
A informação foi confirmada ao O TEMPO por fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto. A pressão para uma nova declaração cresceu na manhã desta quinta-feira (24), após serem confirmados os lançamentos de mísseis russos contra o território ucraniano. Ao menos 50 ucranianos teriam morrido nessa ofensiva.
Uma das saídas apontadas pelos diplomatas brasileiros seria ser signatário, com outros países, de resoluções de órgãos multilaterais. Seria uma maneira de o Brasil evitar tomar uma posição sozinho, condenando a ação.
O Brasil pode, por exemplo, assinar eventuais resoluções do Conselho de Segurança da ONU, do qual é membro rotativo, da Assembleia-Geral da ONU ou até do G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo.
Chefes de Estado do Ocidente já condenaram veementemente os ataques russos, assim como representantes dos organismos internacionais.
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