Considerado a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15)  ficou em 0,13% em julho,  abaixo da taxa de 0,69% registrada em junho.

No ano, porém, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2021, a taxa foi de 0,72%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda na iflação em julho se deu principalmente por causa da redução no preços da gasolina. No entanto, não resultou na melhora do custo de vida dos cidadãos. Os alimentos continuam em alta.

Em julho, houve variações positivas em seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados.  O maior impacto (0,25 p.p.) veio de alimentação e bebidas (1,16%), que acelerou em relação a junho (0,25%). Já a maior variação veio de vestuário (1,39%), que acumula, no ano, alta de 11,01%. 

No lado das quedas, destacam-se os grupos transportes (-1,08%) e habitação (-0,78%), que contribuíram conjuntamente com -0,36 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,05% em comunicação e a alta de 0,79% em despesas pessoais.

Leite longa vida é o item que mais impactou aumento inflação em julho

O resultado do grupo alimentação e bebidas (1,16%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (22,27%), maior impacto individual no índice do mês, com 0,18 p.p. No ano, a variação acumulada do produto chega a 57,42%. 

Além disso, alguns derivados do leite também registraram alta no IPCA-15 de julho, a exemplo do requeijão (4,74%), da manteiga (4,25%) e do queijo (3,22%). 

Outros destaques no grupo foram as frutas (4,03%), que haviam tido queda em junho (-2,61%), o feijão-carioca (4,25%) e o pão francês (1,47%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,12% em julho.

A alimentação fora do domicílio teve alta de 1,27% em julho, acelerando em relação a junho (0,74%). Tanto o lanche (2,18%) quanto a refeição (0,92%) tiveram variações superiores às do mês anterior (1,10% e 0,70%, respectivamente).