O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (14) que não vai visitar a Rússia e nem a Ucrânia, porque elas estão em guerra. “Eu vou me cuidar”, declarou durante a 84ª Reunião Geral da Frente Nacional de prefeitos sob gargalhadas e risos de ministros e público presente. “Mas vou trabalhar pela paz”, completa. “Não é possível, em pleno século XXI a gente possa guerra por coisa tão pequena”, concluiu.
Ao contrário de Lula, vários outros líderes internacionais visitaram o território ucraniano, como o presidente dos Estados Unidos Joe Biden neste ano e, em 2022, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz
A declaração do petista pode causar um incidente diplomático e não ser bem vista pela comunidade internacional. Isso porque, o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, tem trabalhado na articulação para uma solução de paz entre russos e ucranianos pelo conflito.
Quando a guerra completou um ano, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que gostaria que Lula visitasse o país para que o mandatário brasileiro tivesse maior dimensão da guerra. "Olho a olho, face a face, eu serei melhor compreendido, e penso que a Ucrânia será melhor compreendida”, disse.
O petista fez inúmeras declarações afirmando que não enviaria armas para países que estão apoiando os ucranianos no conflito, porque isso faria com que o Brasil entrasse na guerra, ainda que indiretamente.
No início de março, no dia 2, Zelensky e Lula conversaram pelo telefone. O petista reiterou o apoio do Brasil ao ucranianos ao dizer que estava trabalhando num plataforma de apoio para encontrar uma solução de paz para o conflito.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.