RESIDÊNCIA OFICIAL

Lula e Janja recebem ministras, senadoras e deputadas para jantar no Alvorada

Nos bastidores, essa agenda no Palácio da Alvorada é vista como a entrada de Janja na campanha de 2024

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 25 de março de 2024 | 10:13
 
 
 
normal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja da Silva, vão se encontrar na noite desta segunda-feira (25) com ministras, deputadas e senadoras no Palácio da Alvorada. As parlamentares compõem a base aliada do governo no Congresso Nacional. Nos bastidores, essa agenda é vista como a entrada de Janja na campanha de 2024. Com a popularidade que tem, a primeira-dama deve ser cabo eleitoral de várias candidatas pelo país. 

O encontro com as congressistas na residência oficial da Presidência da República é o primeiro do tipo organizado pela primeira-dama. Normalmente, Lula é quem promove agendas e confraternizações no local. A reunião tem como intuito aproximar o petista das mulheres, uma vez que ele tem sido constantemente criticado em função de baixas femininas no alto escalão. 

No início do mês, o presidente recebeu líderes do Senado e da Câmara dos Deputados no Alvorada. Com o público predominantemente masculino nas lideranças, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou a falta de representatividade feminina naquela agenda e chegou a sugerir um encontro do presidente com a bancada de mulheres. 

Desde a semana passada, o cerimonial do Palácio do Planalto intensificou o envio de convites para as parlamentares comparecerem ao encontro desta noite. Ainda assim, existe a preocupação se a casa estará cheia, uma vez que a semana promete ser esvaziada em Brasília com véspera de Páscoa e sem votações de peso no Congresso Nacional. 

A primeira-dama tem participação ativa na política ao lado do presidente, sobretudo em causas sociais e levanta a bandeira por mais representatividade feminina. Ativa nas redes sociais, não deixou de tecer críticas ao próprio marido quando da falta de indicação de mais mulheres para as Cortes superiores. 

Durante as eleições de 2022, o presidente enfatizou sua intenção de promover diversidade no governo e aumentar a representatividade feminina na estrutura da Esplanada dos Ministérios. Mas, desde então, observa-se uma escassez de mulheres no comando das pastas. A pressão exercida pelas lideranças do Centrão na Câmara dos Deputados e no Senado Federal resultou em mudanças ministeriais.

Durante pouco mais de um ano de mandato, três mulheres deixaram seus cargos. Duas ministras foram substituídas para dar espaço a outros indicados por partidos como o PP: Daniela Carneiro (ex-Turismo), foi sucedida por Celso Sabino do União Brasil, e Ana Moser, ex-ministra dos Esportes, foi substituída por André Fufuca (PP-MA) durante uma minirreforma ministerial.

A terceira baixa ocorreu em uma empresa pública. Rita Serrano, que ocupava a presidência da Caixa Econômica Federal, saiu do cargo, que foi assumido por Carlos Antônio Vieira, indicado também pelo Centrão e respaldado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!