O Ministério da Saúde enviou, nesta quinta-feira (13), uma solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que autorize o uso de autotestes de covid-19, quando o próprio usuário verifica se está com a doença. A modalidade de testagem ainda não é permitida no Brasil.
De acordo com a nota técnica enviada pela pasta, "qualquer indivíduo, sintomático ou assintomático, independentemente de seu estado vacinal ou idade" poderia aplicar em si mesmo o teste. O ministério afirma que a procura por exames de covid-19 “tem aumentado de forma exponencial” e “há grande demanda por testes rápidos na rede assistencial de saúde”. O crescimento da demanda se dá devido ao aumento de novos casos confirmados do coronavírus, causado pela variante ômicron.
A intenção é que os autotestes sejam disponibilizados em estabelecimentos de saúde, como farmácias. O equipamento já é vendido em países europeus e nos Estados Unidos.
A nota, assinada pelo diretor de programa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Danilo de Souza Vasconcelos, e pela secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite de Melo, também afirma que como o resultado sai em um curto espaço de tempo, o autoexame seria uma estratégia de triagem sem que o usuário tenha de ir a uma unidade de saúde. Assim, o isolamento do infectado seria iniciado mais rápido.
“Acredita-se que a prevenção e o controle de surtos dependem cada vez mais da frequência dos testes e da velocidade de notificação (uma vantagem dos testes de antígeno)", afirma a nota.
A autorização da Anvisa para autotestes de covid-19 também é uma demanda dos prefeitos. Nesta quinta (13), um consórcio ligado à Frente Nacional de Prefeitos enviou a solicitação ao Ministério da Saúde e à Anvisa.
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