O presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Dr. Marcos Vinícius, fez críticas a programas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), relançado nos últimos dias. Nesta terça-feira (15), ele participou de encontro da entidade em Brasília.

Em seu discurso inicial, Marcos Vinícius apontou que em Coronel Fabriciano, cidade da qual é prefeito, uma das obras do PAC, ainda em governos anteriores do PT, deixou dívidas em torno de R$ 35 milhões para a prefeitura.

Segundo ele, até o ano que vem, há o risco de os municípios serem “estrangulados” com novas dívidas pelo programa. Segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), mais da metade dos municípios do país já está operando no vermelho em 2023, quadro que pode piorar nos próximos meses, quando costuma haver uma queda de receita.

O presidente da AMM também citou o programa Mais Médicos. Ele relata que em muitas situações, o pagamento dos profissionais da saúde também cai na conta dos municípios, apesar de se tratar de um programa do governo federal.

No mesmo evento, o ex-presidente da AMM e atual vice-presidente da CNM, Julvan Lacerda, classificou a União como uma “força opressora” em relação aos municípios. Ele também afirma que há projetos aprovados pelo Congresso Nacional que são prejudiciais às prefeituras.

“A maioria dos problemas que a gente enfrenta para administrar a cidade nasce aqui em Brasília. Nascem no Salão Verde [na Câmara] e no Salão Azul [no Senado]”, criticou.

O evento da AMM também discutiu temas como a queda nas receitas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do ICMS e do Fundeb, que financia a educação básica.