BRASÍLIA - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, classificou como “monotonia democrática” o domingo (27) em que eleitores e eleitoras de 51 cidades voltaram às urnas neste 2º turno.
Ainda segundo ela, o pleito de 2024 mostrou que o ato de propagar desinformação e o clima de violência são elementos que não fazem parte da realidade democrática.
"Essa eleição dá demonstração de que o clima de violência, intolerância, que a desinformação como foram tentando recriar, inventar, fraudar dados, para tentar compelir eleitores, é algo fora da realidade democrática".
Ao fazer um balanço do processo eleitoral sem ocorrências de gravidade, Cármen Lúcia afirmou ainda que “a eleição foi como devem ser todas as eleições: num clima de tranquilidade, absoluto respeito às pessoas”.
“Essa eleição dá demonstração de que o clima de violência, intolerância, as desinformações como foram tentando recriar, inventar e fraudar dados para compelir eleitores e eleitores é algo fora do comum, fora da regularidade democrática”, afirmou.
De acordo a presidente do TSE, a normalidade do domingo de eleição com tranquilidade, rapidez, praticidade e ausência de condução foi tão grande que beirou a “monotonia”.
“Pois é, nós queremos a monotonia democrática para depois todo mundo ir para casa, poder [estar] com sua família, seus entes queridos almoçando”.
Ação de Boulos contra Tarcísio em SP
A ministra Cármen Lúcia afirmou também que a Justiça Eleitoral vai responder de forma ágil à ação judicial proposta pela equipe do deputado Guilherme Boulos (Psol), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo.
Boulos reclamou da declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou, durante a votação, existir um relatório da inteligência do governo com mensagens interceptadas do Primeiro Comando da Capital (PCC) orientando voto no deputado.
“Quem pratica qualquer ilícito no dia da eleição, antes ou depois da eleição, responde juridicamente, terá dada resposta juridicamente", informou.
Bom funcionamento das urnas
De acordo com dados do TSE, apenas 0,12% das urnas precisaram ser substituídas nos 51 municípios com eleição, sendo que em grande parte o contingente de reserva sequer chegou a ser acionado.