BRASÍLIA - O juiz da 2ª zona eleitoral de São Paulo, Paulo Eduardo de Almeida Sorci, determinou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) sejam multados em R$ 20 mil e R$ 15 mil, respectivamente, por propaganda eleitoral antecipada.
A decisão atende a uma ação protocolada na Justiça Eleitoral pelos partidos Novo, MDB, Progressistas e PSDB. As legendas acusam o presidente de descumprir a legislação ao pedir que seus apoiadores votassem em Boulos nas eleições municipais de outubro. A prática é vedada pela lei fora do período de campanha.
Em 1º de maio de 2024, Lula participou de um evento em celebração ao Dia do Trabalhador organizado pelas centrais sindicais na Neo Química Arena (Arena do Corinthians), em São Paulo. Acompanhado de Boulos e integrantes do governo, o presidente declarou que a disputa eleitoral na capital paulista será uma "verdadeira guerra". O parlamentar é pré-candidato a prefeito de São Paulo em uma chapa encabeçada pelo Psol que tem a ex-prefeita Marta Suplicy, do PT, como vice.
“Esse rapaz, esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual e ele está disputando contra o nosso adversário municipal”, declarou o petista em referência, respectivamente, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do prefeito da capital e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).
Na sequência, o presidente foi mais explícito ao pedir que as pessoas votassem para eleger o pré-candidato da aliança petista. “Ele está enfrentando três adversários e, por isso eu quero dizer para vocês, ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo para cada pessoa que votou o Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, para votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, declarou.