BRASÍLIA — O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) condenou Pablo Marçal à inelegibilidade por 8 anos por abuso de poder político durante a campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, no ano passado. Marçal ainda pode recorrer à Justiça Eleitoral. A informação foi antecipada por Malu Gaspar em O Globo.
A decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz analisa ações ajuizadas pelos candidatos Guilherme Boulos (Psol) e Tabata Amaral (PSB). Elas se referiam a uma gravação feita por Marçal na qual ele afirma que faria um vídeo de apoio para candidatos em troca de uma doação de R$ 5 mil.
"Se essa pessoa é do bem e quer um vídeo meu para ajudar a impulsionar a campanha dela, essa pessoa vai mandar um pix para minha campanha, de doação, de R$ 5 mil. Fez a doação, eu mando o vídeo", diz Marçal.
A condenação pune o candidato do PRTB por abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação ilícita.
A defesa de Pablo Marçal alega que ele devolveu as seis doações recebidas após a divulgação do vídeo. Os advogados também argumentam que não houve abuso de poder porque Marçal não ocupava cargo público e também não detinha mandato político.