BRASÍLIA - O ministro  do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou na terça-feira (4) o pedido de soltura do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira e o manteve em prisão preventiva prisão preventiva.

O oficial foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de participação em um plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSD) e o próprio Moraes, em 2022. 

A defesa pediu a substituição da prisão por medidas cautelares, argumentando que a detenção era uma medida desproporcional. No entanto, Moraes a manteve, destacando a gravidade do caso. Rafael foi preso em novembro de 2024 durante a Operação Contragolpe da Polícia Federal e está em uma unidade militar em Niterói (RJ).

O tenente-coronel faz parte do grupo militar conhecido como "Kids Pretos", envolvido no chamado "Plano Punha Verde-Amarelo". Segundo as investigações, Rafael e outros militares das Forças Especiais do Exército, junto com um policial federal, planejaram em 2022 uma ação para impedir a posse do governo eleito e, assim, manter Jair Bolsonaro no poder com apoio do alto escalão militar. 

O plano de suposto golpe de Estado teria sido planejado no prédio de Braga Netto, em Brasília. O general  e vice na chapa de Bolsonaro derrotada nas eleições  Braga Netto está preso desde dezembro de 2024.

Além de Rafael, estão detidos o general de brigada Mario Fernandes (na reserva); o tenente-coronel Helio Ferreira Lima; o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares. 

Na quarta-feira (5), Moraes também manteve a prisão de Helio Ferreira Lima, argumentando que a defesa não apresentou novos fatos que justificassem a liberação. O ministro ressaltou que a prisão é necessária para preservar a ordem pública e garantir o andamento das investigações.