BRASÍLIA – O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, vai pessoalmente ao encontro do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta terça-feira (11), pedir a revogação de todas as restrições impostas contra ele durante a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Uma delas é a proibição de contato com outros investigados, o que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A informação sobre o encontro foi divulgada pela Globonews, com base em informações de aliados de Costa Neto. O presidente do PL foi indiciado pela Polícia Federal (PF) na apuração, no ano passado, mas ficou de fora da denúncia apresentada no mês passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Por isso sua defesa vai pedir o fim das restrições.

Costa Neto irá ao STF com seu advogado, Marcelo Bessa. Ambos também pedirão a Moraes autorização para o político deixar o país, a devolução de valores que estão apreendidos em um depósito da PF (cerca de R$ 53,7 mil) e os bens apreendidos com ele, durante busca e apreensão no ano passado, como relógios de luxo das marcas Rolex, Bulgari e Piguet.

Alexandre de Moraes é o relator no STF do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado por Bolsonaro e aliados. As restrições foram impostas por Moraes em fevereiro de 2024. a defesa de Costa Neto já havia formalizado no Supremo o pedido de revogação de todas as restrições. 

Também nesta terça-feira, a PGR se manifestou a favor da derrubada de medidas cautelares impostas contra Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro que também foi investigado no inquérito sobre golpe de Estado. Assim como Valdemar Costa Neto, Tércio não foi denunciado pela PGR no caso.

A cúpula do Ministério Público Federal opinou ainda pela revogação de medidas cautelares impostas contra o advogado Amauri Feres Saad, que também não foi denunciado no caso.