BRASÍLIA - O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, atendeu ao pedido do ministro Alexandre de Moraes para agendar, na próxima quinta-feira (11/9), sessões extras do julgamento do “núcleo 1” da suposta tentativa de golpe de Estado. Moraes havia pedido as novas reuniões nesta mesma sexta (5/9).
Zanin agendou duas sessões para quinta: uma de 9h ao meio-dia e outra das 14h às 19h. Agora, há sete reuniões do julgamento previstas para a próxima semana, quando os cinco ministros da Primeira Turma irão proferir os votos. Após o ministro marcá-las, o STF cancelou a sessão em plenário prevista para a mesma quinta, às 14h.
Até então, havia sessões previstas apenas para terça, quarta e sexta-feira. Moraes não justificou o porquê de novas sessões ao pedi-las. “Solicito ao excelentíssimo presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, o agendamento de novas sessões complementares para a realização do julgamento, a serem realizadas na quinta”, resumiu o ministro.
Entre as últimas terça e quarta-feira (3/9), o julgamento foi reservado às alegações finais do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e das defesas dos oito réus. Além das sustentações orais, Moraes leu um relatório com o resumo das investigações da Polícia Federal (PF) e da instrução da Procuradoria Geral da República (PGR).
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o “núcleo 1” é formado pelo tenente-coronel Mauro Cid, pelo ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, pelo ex-comandante da Marinha Almir Garnier e pelo ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Os réus são acusados de suposta tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. Exceção feita a Ramagem, os demais ainda respondem por dano qualificado por violência ou grave ameaça e deterioração do patrimônio tombado.