O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, por unanimidade, na tarde desta quarta-feira (16), um pedido da defesa do ex-jogador de futebol Robinho para que o governo da Itália tivesse que fornecer ao Brasil a versão integral e traduzida do processo no qual ele foi condenado a nove anos de prisão, por estupro, naquele país. A medida, julgada pelos 15 ministros da Corte Superior, confirma a liminar concedida pelo tribunal anteriormente.
Assim, a decisão destrava o processo que corre na Corte e que analisa se o atleta vai cumprir a pena no Brasil. Se o pedido tivesse sido atendido, a medida poderia arrastar a conclusão do procedimento e atrasar o início de um possível cumprimento da pena. O debate no STJ se arrasta desde o início do ano. Não foi analisado se Robinho deve ou não ser preso. Diante disso, volta a contar o prazo de 15 dias para que a defesa de Robinho conteste o pedido de execução da pena.
O ex-atacante do Santos e do Milan foi condenado em 2022 por participar, junto com mais cinco brasileiros, do estupro coletivo de uma jovem de origem albanesa no camarim de uma boate em Milão, em 2013. Na época, ele era estrela do time italiano. De acordo com o Ministério Público da Itália, a violência sexual teria ocorrido várias vezes. Ele nega o crime.