A 8ª Vara Federal Cível do Distrito Federal negou na noite de segunda-feira um pedido do Rubens Gatti, coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) que tentava retirar Ronaldo Alexandre do cargo de delegado geral da Polícia Federal.
Na decisão, o juiz Francisco Alexandre Ribeiro apontou não ter vislumbrado desvio de finalidade na indicação feita por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem a prerrogativa para tal.
Para o juiz, aceitar essa tese "levaria à desarrazoada eternização da lide, com a colocação sob suspeição de todo e qualquer delegado que viesse a ser nomeado pelo presidente da República, entendimento que findaria por nulificar a respectiva competência legal de nomear o diretor geral da Polícia Federal de sua confiança e que, por via de consequência, certamente implicaria uma incursão jurisdicional indevida na seara competencial do Poder Executivo."
O juiz, porém, criticou Jair Bolsonaro na decisão, lembrando o que chamou de "verborragia habitual" e "descompromisso com a liturgia do cargo". Para ele, isso, isso está "reforçando a versão apresentada pelo ex-ministro Sergio Moro", de que tenha havido interferência na PF.