NA USP

Lula promete que catadores e sem-terra vão poder pegar empréstimo do BNDES

Ex-presidente discursou em ato realizado na Universidade de São Paulo, onde também foi lido outro manifesto encabeçado por intelectuais da instituição

Por Luana Melody Brasil
Publicado em 15 de agosto de 2022 | 20:37
 
 
 
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato pelo PT ao Palácio do Planalto, discursou, nesta segunda-feira (15), para um público de apoiadores que lotou o vão do prédio de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). 

Perto de encerrar, ele prometeu que, se for eleito em 2 de outubro, catadores de papel, micro e pequenos empresários e os sem-terra vão poder pegar empréstimos de bancos públicos, com destaque para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"O BNDES vai voltar a emprestar dinheiro para micro e pequenos empreendedores desse país, catador de papel vai poder pegar dinheiro emprestado no BNDES, os sem-terra vão poder pegar dinheiro no BNDES, no Banco do Brasil e na Caixa Econômica. Não vai ter presidente da Caixa que pratica assédio", provocou o petista, em referência ao ex-presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, demitido após escândalo de denúncias de prática de assédio moral e sexual contra funcionárias. 

Em outro momento do discurso, o ex-presidente também prometeu recuperar a credibilidade internacional do Brasil e fazê-lo voltar a estar entre as 10 maiores economias do mundo. Nesse momento, o público gritou "Fora, Bolsonaro". O presidente Jair Bolsonaro (PL) é candidato à reeleição e principal oponente de Lula na disputa pela Presidência. 

O petista ainda convocou os presentes na universidade para um ato no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, marcado para o próximo sábado (20), mas se atrapalhou e disse que o ato será no domingo. 

Lula começou a falar após mais de uma hora do ato, que contou com leituras de discursos de estudantes, professores e intelectuais. No evento também foi lido o manifesto elaborado pelo coletivo formado por professores e estudantes chamado USP pela Democracia, publicado em 30 de junho, e traz como título "A democracia no Brasil corre risco. Basta". As professoras da universidade e que integram o coletivo, Marilena Chauí e Ermínia Maricato, abriram o ato, que foi previamente anunciado como uma aula aberta na universidade.

Esse manifesto é distinto da "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", que já ultrapassou 1 milhão de assinaturas e foi lida em diversos atos pelo país e no estrangeiro na última quinta-feira (11).

O também petista Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo paulista, também discursou no evento. Ele destacou as políticas de ampliação de universidades federais e criação de institutos federais quando foi ministro da Educação entre 2005 e 2012, além de tecer elogios à biografia do ex-presidente.

Além de Lula e Haddad, estavam presentes Rosângela da Silva, a Janja, esposa de Lula; Márcio França (PSB), candidato ao Senado por São Paulo na chapa de Haddad; Eduardo Suplicy (PT), candidato a deputado estadual; os deputados federais Ivan Valente (PSol) e Luiza Erundina (PSol); o senador Randolfe Rodrigues (Rede), entre outras lideranças políticas.

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