O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, na manhã desta quarta-feira (11), que é um "obstáculo muito grande" o governo federal conseguir aprovar na Casa a volta da CPMF por conta da rejeição dos parlamentares em relação ao tema.
“Se a gente tinha um obstáculo na Previdência e superamos, tínhamos na tributária e estamos superando, pelo que vi na reação dos deputados não acho que superar a rejeição à CPMF seja uma coisa simples no Brasil de hoje. Não sei daqui a cinco anos, mas para hoje, pelo que eu vi do primeiro vice-presidente da Câmara e de outros deputados, acho muito difícil que a gente consiga avançar”, declarou.
Na proposta de reforma tributária do Executivo, é estudado que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com uma alíquota inicial de 0,4%. Para pagamento no débito e no crédito, a alíquota inicial é estimada em 0,2% para cada lado da operação.
Maia também afirmou que não pode opinar sobre o que a União deve mandar para o Legislativo: "É um direito dele mandar uma proposta, e a Câmara e o Senado decidirem. Agora, de fato, as reações hoje, pra mim, foram muito contundentes da dificuldade da CPMF na Câmara".
O presidente se reuniu na residência oficial da Câmara, na manhã desta quarta-feira, com os secretários de Fazenda de 12 Estados para tratar da reforma tributária. O titular da pasta em Minas, Gustavo Barbosa, participou do encontro, mas não foi juntamente com Maia dar esclarecimentos à imprensa.