Manifestantes foram às ruas neste sábado (19) para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por mais vacinas contra a Covid-19.

Pela manhã, ocorreram manifestações em Brasília, Rio de Janeiro, São Luís, Recife, Belém, Teresina, Aracaju e várias outras cidades. Atos também foram realizados na Inglaterra, Alemanha, Portugal, Suíça e Irlanda.

Em Belo Horizonte, manifestantes se reuniram na praça da Liberdade. Organizado pelas redes sociais, o protesto juntou mais uma vez diferentes movimentos populares, lideranças sociais, estudantes, professores, partidos políticos e centrais sindicais para pedir a saída de Bolsonaro da Presidência da República.  

A maioria das pessoas usam máscaras N95 ou PFF2, que têm uma filtração maior e são mais seguras em relação às outras, e carregam álcool em gel na bolsa. Além disso, segundo os organizadores, cerca de 6 mil máscaras são distribuídas para garantir que quem estiver sem a PFF2 tenha acesso ao utensílio.

De acordo com Renata Regina de Abreu, membro da comissão unificada do ato, a pauta principal é o pedido de impeachment de Bolsonaro, uma vez que, segundo ela, "esse governo é mais perigoso que o vírus". E acrescenta: "Estamos chegando à marca de 500 mil mortos e a gente não pode banalizar essas mortes, não pode banalizar o vírus". 

Em São Paulo, manifestantes interditaram as duas vias da avenida Paulista durante a concentração para o movimento, que começou com mais de uma hora de atraso. A maioria dos manifestantes fazia uso adequado de máscaras contra a Covid-19. 

Os protestos foram convocados e apoiados por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. A organização está centralizada no fórum Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.

Em Brasília e no Rio, manifestantes incluíram na pauta dos atos protesto contra a privatização da Eletrobras, em pauta na Câmara no início da próxima semana.

Na capital federal, o ato contou com uma carreata que percorreu algumas vias principais da cidade até a concentração para uma passeata. Indígenas de várias partes do país também se juntaram aos manifestantes para condenar a omissão do governo na proteção desses povos na pandemia e também em protesto contra a mudança na demarcação de terras. A organização do protesto distribuiu máscaras e álcool gel para os participantes da manifestação.

Em Recife, três semanas após ataque violento da Polícia Militar de Pernambuco diante de protesto pacífico contra o presidente Jair Bolsonaro no centro da capital de Pernambuco, manifestantes ficaram lado a lado e promoveram um abraço simbólico na po cruzamento em que a PM atirou contra manifestantes e os disparos cegaram duas pessoas que passavam pelo local.