O governo de Minas e o governo Federal definiram o valor a ser investido para a ampliação da linha 1 e para construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte. Em reunião em Brasília, na manhã desta quarta-feira (25), entre o governador Romeu Zema (Novo), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ficou estipulado um investimento de R$ 3,2 bilhões para a viabilização do projeto.
O Ministério da Infraestrutura informou por nota que do montante estipulado, a União vai investir R$ 2,8 bilhões, e os outros R$ 400 milhões serão pagos pelo governo de Minas, com parte do valor recebido pelo acordo da Vale. O lançamento do edital para a concessão está previsto para o começo de 2022, conforme informou a pasta.
No entanto, a liberação da verba vinda do governo federal depende do envio ao Congresso Nacional de um projeto de lei complementar (PLN) que libere recursos do Orçamento, e da aprovação dos deputados e senadores.
Questionado sobre uma data prevista para a liberação da verba e para o envio ao Congresso do PLN que viabilize o recurso, bem como um cronograma de intervenções definido e o mês exato para a divulgação do edital, o Ministério da Infraestrutura afirmou ainda "não ter as informações, pois dependem da conclusão das fases citadas."
O governador Romeu Zema celebrou a definição desta quarta-feira. De acordo com ele, o início das obras vai gerar empregos no Estado e dinamizar a economia.
"Se Deus quiser esse projeto também será destravado e vai se transformar em realidade. É lógico que é uma obra que vai levar algum tempo para ser executada, mas pelo menos já vai iniciar, criar empregos e dinamizar nossa economia", ressaltou Zema.
Os ministros Tarcísio de Freitas e Rogério Marinho usaram as redes sociais para anunciarem o acordo firmado.
"O governo Bolsonaro, por meio do ministro Rogério Marinho, e do governador Romeu Zema chegaram ao acordo final que garante os recursos necessários para a ampliação da linha 1 e a construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte”, disse Tarcísio Freitas.
Desestatização da CBTU
Nas redes sociais, o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, afirmou que o valor investido pela União está condicionado ao projeto de desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela gestão do metrô de BH.
“Hoje é um dia histórico para MG. Em reunião com o governador Romeu Zema e o ministro Tarcísio Gomes, o governo Jair Bolsonaro chegou ao acordo que possibilitará a ampliação da linha 1 e construção da linha 2 do metrô de BH. Investimentos fazem parte do projeto de desestatização da CBTU”, publicou o ministro.
Hoje é um dia histórico para MG. Em reunião com o gov. @RomeuZema e o min. @tarcisiogdf, o governo @jairbolsonaro chegou ao acordo que possibilitará a ampliação da linha 1 e construção da linha 2 do Metrô de BH. Investimentos fazem parte do projeto de desestatização da CBTU - MG. pic.twitter.com/U7Y30K7Gub
— Rogério Marinho (@rogeriosmarinho) August 25, 2021
A proposta já anunciada anteriormente é de separar a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – hoje de propriedade da União e com atuação em cinco Estados – criando a CBTU Minas. A partir daí, é que seria feita a privatização da empresa.
No entanto, antes da privatização, é preciso investimentos do setor público na empresa para torna-la atrativa a investidores.
Mais um anúncio
Não é a primeira vez que a ampliação do metrô de BH é anunciada durante a gestão de Bolsonaro.
No início do mês, o secretário especial de desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, afirmou que o governo federal deve liberar nos dias seguintes recursos para obras de melhorias e modernização da operação do metrô em Belo Horizonte.
No ano passado, o ministro Tarcísio Gomes e o próprio presidente anunciaram recursos de uma multa da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para as obras de melhoria da linha 1 e construção da linha 2 do metrô, mas a operação foi barrada pelo Ministério da Economia porque não havia previsão no Orçamento. O valor do recurso girava em torno de R $1,2 bilhão.
Atualmente, o metrô de BH possui apenas a linha 1, que vai do bairro Água Branca, em Contagem, na região metropolitana, e segue até a Estação Vilarinho, na região de Venda Nova. Já a linha 2 é um sonho antigo dos belorizontinos, mas nunca saiu do papel. No projeto inicial, ela ligaria o bairro Calafate, região oeste da capital, à região do Barreiro.