O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, rechaçou a hipótese de ligação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com milícias no Rio de Janeiro. A declaração foi dada em entrevista ao canal GloboNews na noite desta quarta-feira.
"Na minha avaliação, o presidente não tem nenhuma ligação com qualquer milícia ou qualquer grupo", resumiu Moro.
As suspeitas sobre uma eventual ligação da família presidencial com milicianos se deu após ser revelado que familiares de Adriano Nóbrega, ex-capitão do Bope e morto em operação na Bahia trabalhavam no gabinete do senador Flavio Bolsonaro quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro. O presidente sempre defendeu Adriano, mas rechaça que haja provas de que ele integre qualquer grupo criminoso.
Na entrevista, Sergio Moro afirmou que o governo vem entrentando o crime organizado e que, embora o foco inicial sejam as ações contra facções criminosas que atuam no tráfico de drogas, todos os grupos serão combatidos.
"Temos enfrentado o crime organizado como um fenômeno amplo. Todas as organizações (estão no darar). Eu sempre falei muito claramente que milícia também é crime organizado. Todo criminoso tem que ser combatido e o crime organizado em particular. Talvez, em certo nível, começa a ameaçar até o estado de direito. não ignoro a ameaça das milícias, mas há outros grupos que, nacionalmente, são mais organizados. È o caso do PCC", disse, em referência à organização criminosa que domina os presídios de São Paulo