O presidente Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho, afirmou, nesta quinta-feira (7/3), que nada além do relatório médico apresentado pela deputada estadual Andréia de Jesus (PT) para justificar a licença foi formalizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A deputada se licenciou do mandato na última quinta (29/2) em meio a relatos de supostos episódios de assédio moral contra assessores parlamentares.

De acordo com o Diário do Legislativo, Andréia se afastou por 30 dias para “tratamento de saúde”. “Sobre essas informações (licença), a única coisa a que tenho acesso e de que tenho informação é do relatório médico que ela me encaminhou, enquanto presidente da Casa, pedindo a licença por questões médicas. De pronto, obviamente, nós aceitamos. Nada além disso foi formalizado na Casa”, disse Tadeuzinho.

Tratar da saúde, “quando, por motivo de doença comprovada, se encontrar impossibilitado de cumprir os deveres decorrentes do exercício do mandato” é uma das prerrogativas para licença dadas pelo regimento interno da ALMG. As outras são chefiar missão temporária de caráter diplomático, participar de curso, congresso, conferência ou reunião de interesse da atividade parlamentar e tratar, sem remuneração, de interesse particular.  

A licença foi formalizada cinco dias após o relato de uma ex-assessora parlamentar de Andréia vir à tona em um aplicativo de mensagens. Nele, a assessora, que alega ter sido exonerada do gabinete sem ter sido comunicada, indicou que teria sofrido “violências verbais em ligações, mensagens de áudios, reuniões e recados”. Quando foi procurada por O TEMPO via assessoria de imprensa, a deputada não se manifestou. 

Como a licença é de 30 dias, não é necessário convocar um suplente para assumir a cadeira de Andréia. O suplente, que, neste caso, seria o ex-deputado estadual Hely Tarqüínio (PV), seria convocado apenas caso o afastamento fosse de 120 dias ou mais.