Oposição quer convocar Augusto Heleno para explicar ameaças no 7 de Setembro

A bancada do PSOL, que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro, apresentou um requerimento para convocar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Augusto Heleno, para que ele explique as suspeitas de que poderia haver ataques durante atos de 7 de Setembro no país.

O documento é assinado por Sâmia Bomfim (SP), Glauber Braga (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Áurea Carolina (MG), Vivi Reis (PA), Talíria Petrone (RJ), Luiza Erundina (SP) e Ivan Valente (SP). A motivação foi uma reportagem da revisfa "Veja" que indicou que órgãos de inteligência estaria investigando "uma suspeita de ataques ao 7 de Setembro", produzida para atingir militantes bolsonaristas propositalmente de modo a culpabilizar grupos de esquerda. Segundo a revista, o objetivo seria criar um fato político que pudesse mudar o curso da eleição de 2022.

"Como destaca a reportagem, não seria a primeira vez que isso acontece na história do Brasil: em 1981, o atentado do Riocentro foi organizado por setores radicais do Exércio e da Polícia Militar do Rio para incriminar grupos de esquerda que faziam oposição à ditadura, regime que, naquela época, amordaçava e sufocava a democracia no país há 17 anos", diz o requerimento.

A bancada do PSOl diz que "nesse sentido histórico, 2022 se assemelha a 1981", dizendo que "a onda conservadora que levou jair Bolsonaro ao poder em 2018 se encontra enfraquecida".

"É fundamental, portanto, que a Câmara dos Deputados tome todas as iniciativas cabíveis para esclarecer o caso, sendo urgente que o sr. Augusto Heleno Ribeiro Pereira compareça ao plenário desta Câmara dos Deputados para prestar os devidos esclarecimentos em relação às graves denúncias aqui elencadas", diz o requerimento apresentado na última semana.

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