O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, traçou como meta eleger cerca de mil prefeitos nas eleições municipais de 2024. O número seria quase o triplo das atuais 328 prefeituras comandadas pela legenda.
A meta é ambiciosa. Hoje, o partido com mais prefeituras sob seu comando é o MDB, com 784, seguido do PP, com 685, e do PSD, com 654. O PL, que desde 2022 abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, é o sexto com mais municípios governados.
Em reunião da bancada do PL na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (PL), as eleições de 2024 foram um dos temas mais presentes nos discursos dos parlamentares.
A principal estratégia da direção do PL para o próximo um ano e meio, mirando as eleições municipais, é fazer “caravanas” com o ex-presidente Bolsonaro, que ainda está nos Estados Unidos, e com a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, para atrair cabos eleitorais.
“É importante ter a participação do presidente Bolsonaro e da Michelle Bolsonaro, que já está trabalhando no partido e que começou a desenvolver um trabalho parecido com o que ela fez no segundo turno [das eleições de 2022]”, disse a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
O partido de Bolsonaro quer mirar, inclusive, as principais capitais brasileiras. Para a cidade de São Paulo, ganhou força o nome do deputado e ex-ministro Ricardo Salles. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a sigla também deve lançar candidaturas próprias.
"Os deputados de São Paulo, os 17, nós vamos nos unir para fazer o prefeito de São Paulo e para fazer prefeituras no estado de São Paulo também. [...] A gente sabe que tem maioria absoluta em vários interiores, em algumas capitais também”, disse a deputada.
De acordo com Carla Zambelli, o objetivo do PL em Minas Gerais é eleger de 160 a 200 prefeitos. O número representaria cerca de um quarto dos 853 minucípios do estado.
Entre os principais cabos eleitorais apontados pelos bolsonaristas em Minas, estão os deputados federais Nikolas Ferreira, Domingos Sávio e Maurício Souza.
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