CAFÉ COM POLÍTICA

Presidente do PP em Minas, Pinheirinho critica relações com Zema e Lula

O deputado federal pediu maior diálogo do Governo de Minas com os partidos políticos, enquanto criticou a gestão federal por não cumprir acordos

Por Gabriel Ronan
Publicado em 01 de fevereiro de 2024 | 09:32
 
 
 
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O deputado federal Pinheirinho, presidente do Partido Progressistas (PP) em Minas Gerais, criticou as relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o governador Romeu Zema (Novo). Em entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO 91,7, o parlamentar disse que os dois executivos pecam na interlocução com os legislativos.

Na Assembleia, o PP hoje conta com uma bancada de seis parlamentares: Adriano Alvarenga, Chiara Biondini, Nayara Rocha, Oscar Teixeira, Vitório Júnior e Zé Guilherme. De acordo com Pinheirinho, o problema na relação com o governo acontece por uma falta de diálogo entre as partes. Vale lembrar que o partido fez parte da coligação que reelegeu o governador Zema em 2022.

“Pelo tamanho e importância do Progressistas, eu vejo que haveria muito mais espaço pra gente poder participar e contribuir. O Progressistas foi o maior partido da coligação do governador Romeu Zema. Temos a maior bancada da coligação. Temos uma bancada de seis deputados estaduais, que estão lá na Assembleia fazendo a defesa do governo, ajudando em todas as votações que são necessárias. Eu vejo que nós poderíamos ser melhor contemplados no governo”, disse. 

Questionado se haveria chance de articular por uma reforma administrativa para ganhar cargos no alto escalão do governo, Pinheirinho disse que não há qualquer sinalização disso no momento. “Em conversas com outros presidentes de partidos do Estado de Minas Gerais, eu vejo que há um sentimento de insatisfação com o governo, de um modo geral, pela forma que vem tratando os partidos, à distância”, explicou.

Apesar do distanciamento, o deputado federal descartou que a bancada estadual do PP possa retaliar o governo, dificultando a tramitação de pautas de interesse de Zema, como a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e uma eventual federalização de empresas como a Cemig, Copasa e Codemig. 

“O nosso primeiro compromisso é com o Estado de Minas Gerais. Mas, numa eventual próxima eleição, na hora de se fazer algumas composições, isso (a dificuldade de diálogo) pode acarretar em algumas dificuldades. Mas, no momento em que forem discutidas pautas sobre Minas Gerais, o povo mineiro, isso tem que ficar acima de qualquer questão partidária”, afirmou no Café com Política.

Lula não cumpre acordos

Pinheirinho também atacou o presidente Lula. Ele criticou o governo federal por não respeitar decisões feitas no Congresso. “Recentemente nós fizemos uma votação extremamente importante, que era a derrubada do veto de reoneração da folha de pagamento. Logo depois, o governo federal solta uma Medida Provisória reonerando a folha de pagamento. Foi um gesto muito agressivo contra o Congresso”, criticou.

“Do ponto de vista dessa relação com o Congresso, esse primeiro ano, de um modo geral, foi um primeiro ano muito difícil. Podemos dizer que deixou a desejar. É o sentimento que nós temos hoje no Congresso Nacional. Deixou a desejar no cumprimento dos acordos firmados. Não sendo cumprido na integralidade nem dentro de um tempo hábil”, completou o presidente do Progressistas em Minas.

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