PSDB e Cidadania avançam para formar federação partidária

O PSDB anunciou, nesta quinta-feira (27), que avançou nas negociações com o Cidadania para que ambos formem uma federação partidária. Em comunicado nas redes sociais, o partido disse que as aproximações já estão “adiantadas pelas lideranças dos estados” e devem prosseguir pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, além dos líderes na Câmara e no Senado e de outras lideranças.

Na federação partidária, dois ou mais partidos se unem para disputar uma eleição, como nas coligações. Porém, essas legendas devem permanecer como um grupo só durante os quatro anos de mandato - neste caso,até 2026 - sem a opção formal de rompimento. A união vale não só em plano nacional, como nos 26 estados, no Distrito Federal e nos municípios.

Na mesma nota, o PSDB defende que a decisão formal sobre a federação com o Cidadania “seja tomada o quanto antes, para que também se definam mais rapidamente as chapas que vão disputar as eleições estaduais e nacionais.”

Ambos os partidos já lançaram pré-candidatos à presidência da República. O PSDB aposta no governador de São Paulo, João Doria, enquanto o Cidadania lançou o senador Alessandro Vieira (SE). Lideranças do Cidadania, como o presidente do partido, Roberto Freire, já admitem que a pré-candidatura de Vieira não deve se sustentar. Cada federação partidária só pode lançar um candidato a presidente da República e aos governos estaduais.

Outras federações

Outros partidos de centro e centro-direita vêm negociando a formação de federações, como o Podemos e o MDB. Ambos lançaram, na corrida ao Planalto, os nomes, respectivamente, do ex-juiz Sergio Moro e da senadora Simone Tebet (MS).

Já pela esquerda, PT e PSB estão em negociações avançadas para formar uma federação, que também pode contar com PCdoB e PV. Os partidos tentam chegar a um acordo sobre candidaturas em estados considerados chave para cada legenda, como São Paulo e Pernambuco.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que a data-limite para oficializar as federações partidárias é o dia 2 de abril. Os partidos consideram o prazo curto, já que a janela partidária, que também pode interferir nas negociações pelas alianças, acontece exatamente durante o mês de março.

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