Assim como fez nas três últimas eleições municipais, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) terá candidatura próprias nas eleições de Belo Horizonte ano que vem. Será a deputada estadual Bella Gonçalves, que já foi vereadora em Belo Horizonte, entre 2018 e 2022.
“É com muita alegria e responsabilidade que assumimos esse lugar de pré-candidata à prefeitura. Conheço Belo Horizonte e sei que nossa cidade pode ser muito mais, sei que Belo Horizonte pode voltar a ter brilho, segurança para as mulheres, transporte público de qualidade, ações voltadas para a preservação do meio ambiente, políticas públicas para os trabalhadores informais, e mais. Belo Horizonte pode e deve avançar! E já está na hora de eleger nossa primeira prefeita mulher na capital do segundo estado com mais casos de feminicídio registrados no país, uma prefeita que conheça as necessidades de toda a população, mas sobretudo das mulheres”, afirmou Bella.
“É importante também frisar que o PSOL defende uma aliança entre os partidos de esquerda e progressistas, porque não podemos deixar a extrema-direita crescer na nossa cidade”, disse a deputada.
O melhor desempenho do PSOL nas eleições majoritárias de Belo Horizonte, em número de votos, foi em 2020, quando Áurea Carolina teve 103.115 votos, o que representou 8,33% dos votos e significou a quarta colocação no pleito. Antes, em 2016, Maria da Consolação teve 48.715 votos ou 4,11% e terminou no sexto lugar. Em 2012, na primeira vez que o PSOL lançou candidatura própria, Maria da Consolação terminou em terceiro lugar, com 54.530 votos, o que representou 4,25%. do total. Foi a melhor posição atingida pelo partido, fundado em 2005, nas eleições de BH. Vale lembrar que em 2008, Rubens Teixeira, do PSOL, foi vice de Vanessa Portugal, do PSTU.
Diretório municipal
O partido também anunciou mudanças no diretório municipal. Jozeli Rosa será a nova presidenta municipal do PSOL, ocupando o cargo que era justamente de Bella Gonçalves.
Jozeli Rosa é formada em direito, chefe de gabinete de Bella Gonçalves e militantes do movimento LGBTQIA+. Criada na comunidade Pedreira Prado Lopes, Rosa atua em causas dos direitos humanos de crianças e adolescentes, com a população LGBTQIA+ e na Rede de Mulheres Negras e Povos de Terreiros.
“Hoje, fruto de um trabalho daqueles que vieram antes, posso ocupar esse lugar que é uma conquista coletiva para reescrever nossa história, colocando corpos negros em lugares de destaque e poder”, afirmou Jozeli.