Após a reunião com o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Pedro Bruno Barros de Souza, que apresentou, na tarde desta quinta-feira (3), o projeto do novo traçado do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a prefeita Marília Campos concedeu uma rápida entrevista à reportagem de O TEMPO.
Em relação à reunião em que o Estado apresentou algumas alterações no traçado do Rodoanel, qual é o posicionamento de Contagem diante destas alterações pontuais que o Estado apresentou? Olha, primeiro é importante ressaltar que é a primeira vez que o Estado de Minas Gerais abre a discussão com o município de Contagem. Eles fizeram uma alteração de traçado, mas ainda muito insignificante. O único impacto que ela tem é que não ocorrerão as desapropriações que estavam previstas na região do Nascentes Imperiais, mas mantém o traçado que corta a bacia de Vargem das Flores, que traz um profundo impacto ambiental. Então, Contagem continua com as mesmas críticas em relação à proposta de traçado e agora com uma expectativa diferente de que o Estado de fato analise a proposta que nós apresentamos de que o traçado ele contorne a bacia de Vargem das Flores para que não seja imposto um sacrifício à cidade de contagem que é prejudicar o principal manancial de água daqui do nosso município que tem impacto sobre a região metropolitana.
Mantido esse traçado apresentado hoje, Contagem permanece com o posicionamento de não emitir o certificado de conformidade, prefeita? Sim, principalmente porque ele traz um impacto negativo que não é mitigável, que não tem compensação, que é a possibilidade no futuro de ter um adensamento populacional grande na região de Vargem das Flores, trazendo esse impacto, podendo inclusive secar os mananciais, as nascentes, tendo um reflexo. Negativo sobre o espelho d 'água que abastece com água região de Contagem e também em cidades como Betim e Belo Horizonte.
Nesta reunião foi apresentada ou discutida a perspectiva do metrô seguindo até a região do Beatriz em Contagem e também de uma integração efetiva entre o sistema de transporte municipal que está em construção e gestação na cidade de Contagem com o que seria uma extensão do metrô. O que é que ficou desse momento da reunião para a senhora? Olha, nós apresentamos para a empresa concessionária do metrô, que foi privatizado recentemente, que era importante estender uma estação do metrô até ali na Sede na região do Viaduto Beatriz. Isso é importante não só porque melhora a mobilização urbana na região metropolitana, porque vai ser beneficiado não apenas Contagem, mas inclusive a cidade de Betim, que poderá fazer transporte da cidade de Contagem, pegando o metrô até Belo Horizonte, como também é importante para viabilizar o metrô. Nós sabemos que viabilizar o metrô é colocar mais passageiros no metrô, e essa proposta é o que viabiliza a entrada de mais passageiros no metrô. Então nós apresentamos essa proposta ao secretário do estado, à empresa, e o estado está estudando a viabilidade dessa proposta e esperamos aí que em breve a gente tenha o retorno para que a gente possa reestudar o processo de mobilidade aqui em Contagem.