O empresário Salim Mattar foi nomeado pelo governador Romeu Zema (Novo) como consultor para projetos estratégicos na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. A nomeação foi publicada na edição do Diário Oficial de Minas Gerais desta quinta-feira (1º).
“Aceitei convite do governador Romeu Zema para atuar como consultor não remunerado com o objetivo de contribuir para a redução do tamanho do estado, um dos pilares de sua brilhante gestão”, escreveu o empresário nas redes sociais.
A função exercida por Mattar será de agente colaborador, o que, segundo o governo estadual, é um cargo não remunerado.
“O empresário José Salim Mattar Júnior irá executar ações de assessoramento e consultoria no âmbito dos projetos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico devido à sua ampla experiência, em especial na pauta de desestatização”, informou a assessoria do Palácio Tiradentes, sem citar em quais projetos especificamente ele atuará.
Em nota, a assessoria de imprensa de Salim Mattar disse que a atuação dele terá como objetivo "buscar a redução do tamanho do estado com foco nas privatizações contribuindo para que o estado possa ser menos oneroso aos pagadores de impostos e mais eficiente na alocação dos recursos públicos".
Salim Mattar foi secretário especial de desestatização do governo de Jair Bolsonaro até agosto de 2020, quando pediu demissão por estar insatisfeito com o ritmo das privatizações no governo federal.
“Deixei o governo porque, em minha análise de esforço despendido versus resultados obtidos, a conta foi negativa. Concluí que dedicando meu tempo aos institutos liberais Brasil afora, posso continuar contribuindo para a construção de um país melhor, com menos estado, menos oneroso para o cidadão e menor interferência na vida privada. Um país onde a liberdade seja o seu maior valor”, escreveu o empresário em um artigo para o site Brazil Journal.
Uma das principais bandeiras de Zema é a privatização de empresas estatais, que pouco andou até o momento. Apenas o projeto para a venda da Codemig já foi enviado para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde está parado desde o final de 2019. O governador também já manifestou o desejo de privatizar a Cemig e a Copasa, mas nenhum projeto de lei foi apresentado nesse sentido.