Durante balanço das forças de segurança nesta terça-feira (10), o general Mário Araújo, secretário de Segurança de Minas Gerais, disse que o Estado "continua firme" na racionalização de água em presídios. Segundo o titular da pasta, a medida é para evitar desperdícios e gerar economia aos cofres públicos.
Na visão do secretário, o que aconteceu e deve continuar acontecendo é a racionalização, que seria diferente de racionamento.
"Vamos buscar diminuir o custo desse empenho que pertence a toda sociedade. Por preso, o consumo estava maior que o cidadão comum e para isso buscamos racionalizar, buscando evitar desperdício e práticas inaceitáveis, como usar água para terapia, fazer piscina em cela. Várias mazelas. Estamos firmes na racionalização, tratando cada unidade de forma individualizada", afirmou o secretário.
Apesar da medida, Mário Araújo disse que vai tratar a população carcerária com humanidade, mas que vai tratar a economia do consumo de água nos presídios como faz na sua casa, "conferindo todo dia o hidrômetro", para não ter nenhuma irregularidade.
Entenda
Com o objetivo de cortar despesas, o governo de Minas Gerais determinou que as penitenciárias limitem o uso de água para, no máximo, seis horas diárias. A medida veio à público após um memorando, publicado no fim de novembro, e começou a valer no dia 1° de dezembro.
Segundo o documento, as unidades teriam 60 dias para se adequar à norma do racionamento, podendo realizar uma redução gradual do período de água até fevereiro de 2020, quando o limite máximo deve ser atingido. Presídios que não estiverem aptos à realização do racionamento devem apresentar recurso ao Estado.
Em nota divulgada na última quinta-feira (5), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no entanto, suspendeu a medida.
Segundo a Sejusp, por meio do Departamento Penitenciário, essa suspensão vale até que a área técnica possa avaliar as particularidades de cada uma das 197 unidades prisionais administradas pelo Estado.