O ex-secretário-geral de Estado Mateus Simões (Novo) enxerga dificuldades de uma eventual aliança entre o PL e o Novo para a reeleição do governador Romeu Zema (Novo) ser viabilizada. Simões, que concedeu entrevista, nesta sexta-feira (1º), ao Café com Política, do Super N 1ª Edição, da Rádio Super 91,7 FM, admitiu que a postura do Novo até pode ser considerada sectária, mas a pré-candidatura de Felipe D’Avila (Novo) à presidência da República inviabiliza qualquer acordo.
De acordo com o ex-secretário-geral, a postulação de D’Avila torna mais difícil o convencimento interno no Novo de que as vagas para a vice-candidatura ou a candidatura ao Senado sejam entregues ao PL. “‘Ah, então, vocês não vão aceitar fazer o acordo só porque vocês têm um candidato que não tem chances de ganhar para presidente?’ Primeiro, nós temos um candidato que tem chances de discutir a presidência. Segundo, nós temos um candidato”, frisou.
O entrave, por exemplo, eliminaria qualquer hipótese de o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), pré-candidato ao Senado na chapa encabeçada pelo pré-candidato ao governo de Minas Carlos Viana (PL), ocupar o posto ao lado de Zema. “Não é uma ponderação sobre a figura do deputado, mas sobre o partido do presidente da República. Uma coisa é a gente ter a mesma base (eleitoral) e propostas que são coincidentes no campo econômico. Outra coisa é a gente trazer o partido do presidente para dentro da chapa majoritária”, argumentou.
Apesar de ter ungido a pré-candidatura de Viana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda espera um aceno de Zema para uma dobradinha. Em maio, o presidente fez afagos no governador tanto na abertura da ExpoZebu, em Uberaba, no Triângulo, quanto na recondução da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Minas (Fiemg), em Belo Horizonte. Entretanto, Zema tenta descolar a própria imagem em relação à de Bolsonaro em razão dos maus desempenhos do presidente nas sondagens eleitorais.
"Felipe D'Ávila é o nosso candidato à presidência. O Novo não acredita nessa polarização que está se estabelecendo no Brasil. Todos sabem que o presidente Lula jamais terá meu voto e Bolsonaro só teve meu voto no 2º turno", ressaltou Mateus Simões sobre possível aliança com PL. pic.twitter.com/PdWWJ6RCs6
— O Tempo (@otempo) July 1, 2022