O prefeito de Birigui Pedro Bernabé (PDT), e seu vice, Carlito Vendrame (PSD), ambos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral paulista por compra de votos, são acusados de utilizar a tecnologia a favor da compra de votos.
De acordo com informações levantadas pelo Estadão, a sentença de cassação, o esquema funcionava com o pagamento em duas parcelas: uma de R$ 50, antes das eleições, e outra, de R$ 70, depois da vitória do prefeito. Os eleitores que aceitavam, eram orientados sobre o local para a retirada da segunda parcela por meio de mensagens SMS.
Para pegar o dinheiro, os eleitores iam até uma central de pagamentos, que era uma fábrica de móveis do então prefeito Wilson Borini, que apoiou Bernabé. Segundo os documentos, vereadores receberam a missão de comprar, cada um, 20 votos para eleger Bernabé e tentar reverter as pesquisas, que apontavam para a vitória do segundo colocado, Roque Barbiere (PTB). Bernabé conseguiu vencer as eleições com 30.985 votos (50,42%) ou 5.313 votos à frente de Barbiere.
As provas digitais do esquema foram confirmadas por depoimentos: um dos coordenadores de campanha confessou que Bernabé não só sabia da compra de votos, como também participou de uma das reuniões realizadas com os vereadores para organizar o processo.