Pandemia

'Tem que deixar de ser um país de maricas', diz Bolsonaro sobre Covid-19

O chefe do Executivo continuou, afirmando que tudo agora é pandemia e que tem que acabar esse negócio

Por Da redação, com Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de novembro de 2020 | 18:23
 
 
 
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Em evento voltado ao mercado de turismo em Brasília nesta terça-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, apesar de "lamentar as mortes" da Covid-19 – doença que ceifou a vida de 162 mil brasileiros até essa segunda-feira (9) – é preciso que o Brasil deixe de ser "um país de maricas". O chefe do Executivo continuou, afirmando que "tudo agora é pandemia" e que "tem que acabar esse negócio".

"Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar", declarou o presidente. 

No Brasil, 5,59 milhões de pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus, e 162 mil pessoas morreram em decorrência da doença.

Países da Europa, que assistiram a um agravamento da situação no início do ano antes mesmo de a doença chegar com força no Brasil, voltaram a decretar medidas mais rigorosas de isolamento diante da segunda onda da doença.

“Aqui começam a amedrontar povo brasileiro com segunda onda. Tem que enfrentar, é a vida”, afirmou o presidente. “Temos que enfrentar, (ter) peito aberto, lutar”, acrescentou Bolsonaro.

O presidente voltou a criticar decisões de prefeitos e governadores de restringir atividades no período mais crítico da pandemia no Brasil e comparou as medidas a “coisa de ditadura”. “Algemar mulher de biquíni na praia é covardia, patifaria, coisa de ditadura. E me chamam de ditador”, afirmou.

“Tenho, como chefe de Estado, que tomar decisões que não me deixaram tomar. O que faltou para nós não foi um líder, mas deixar o líder trabalhar”, emendou. Bolsonaro citou pesquisas, segundo ele ainda não comprovadas, que mostrariam que o número de mortes por covid não chegam a 20% do total.

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