Embate

‘Usou a caneta para se salvar’, diz Aro sobre cassação de Gabriel Azevedo

O chefe da Casa Civil do governo Zema acusou o presidente da Câmara de Belo Horizonte de traidor

Por Hermano Chiodi
Publicado em 10 de abril de 2024 | 16:16
 
 
 
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Marcelo Aro (PP) acusou o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (MDB) de utilizar o poder da “caneta de presidente” para se livrar dos dois  processos de cassação abertos contra Gabriel no Legislativo municipal.

“Ele utilizou a caneta dele. Nunca antes na história tinha tido um presidente da Câmara com um pedido de cassação aceito e tramitando na Casa. Nós conseguimos colocar 26 votos favoráveis ao processo de cassação, mas para a cassação são necessários 28 votos”, destacou.

Após passar o ano de 2023 protagonizando uma disputa com Gabriel Azevedo pelo controle da Câmara de Belo Horizonte, Marcelo Aro, que é ex-deputado e atualmente é o secretário Chefe da Casa Civil do governo Zema, participou do quadro Café com Política da FM O TEMPO 91,7 desta quarta-feira (10) e não poupou críticas ao antigo aliado, a quem chamou de “traidor”. 

“Pegou toda a estrutura da Câmara municipal e entregou para essas pessoas (seu grupo de apoio). Vamos falar na prática que o ouvinte não é bobo: cargos. Ele pegava um vereador e dava R$ 50 mil em cargos por mês para distribuir entre a base. Assim, ele foi fazendo para que não chegasse aos 28 votos necessários para a cassação”, diz.

Marcelo Aro disse que discorda da interpretação e das notícias divulgadas pela imprensa que consideraram que Gabriel teve vitórias ao se livrar do processo de cassação. Ele diz que, apesar de manter o mandato, o presidente da Câmara foi o grande derrotado. 

“O Gabriel perdeu a disputa. Quando você coloca, de uma casa de 41 vereadores, 27 falaram que ele tinha que sofrer um processo de cassação. Faltou um voto. Ao longo do tempo ele conseguiu cooptar vereadores e isso faz parte do processo político. Mas esses processos serviram para mostrar quem é o Gabriel”, diz Marcelo Aro.

O secretário de Estado ainda falou sobre a disputa nas eleições municipais de Belo Horizonte, onde pretende aumentar a base de vereadores. O grupo de Aro fez parte do governo Fuad Noman (PSD) nos últimos meses, mas se afastou e agora o ex-deputado afirma que não vai apoiar a reeleição do atual prefeito.

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