O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que solicitou uma reunião com o presidente Lula (PT), durante visita a Belo Horizonte, mas que ainda não recebeu retorno. Em entrevista à CNN, o governador de Minas Gerais, que está em Brasília, disse que pretende se encontrar o presidente nesta quinta-feira (8), na capital mineira, e garantiu que ele será "bem recebido".
"O presidente será bem recebido em Minas Gerais. Eu solicitei uma reunião, mas ainda não temos uma resposta oficial, e ele como presidente vai ser bem recebido e terá todo o respeito meu e de quem é do meu governo. Meu governo nunca foi um governo taxativo, dono da verdade, temos posicionamentos que podem ser contrários ao do presidente e do governo federal, mas isso faz parte da democracia", destacou Zema.
Segundo o governador, ele pretende debater com Lula uma resolução para a dívida de Minas Gerais com a União, além de falar sobre investimentos nas estradas federais do estado e sobre a indenização dos afetados na tragédia de Mariana.
Durante a entrevista, o governador também destacou que as saidinhas de detentos ficarão proibidas durante o Carnaval. Zema destacou, ainda, que espera que o Congresso Nacional consiga mudar as regras das saídas temporárias e lamentou a morte de um sargento em Belo Horizonte no início do ano.
"Eu fiquei profundamente triste e constrangido com o fato que aconteceu em janeiro, quando um detento que teve o benefício da saidinha acabou assassinando um policial militar do estado. E falei que em Minas Gerais nós faríamos de tudo ao nosso alcance para que haja mais critério nessas saidinhas, critérios mais objetivos. Eu quero um estado seguro. Quem trabalha e quem é policial não pode ficar à mercê de pessoas que não merecem esse benefício", afirmou.
Zema ainda ressaltou que crianças que não estão com o cartão de vacina atualizado podem se matricular nas escolas de Minas Gerais, e defendeu a não obrigatoriedade da vacinação:
"Nós vivemos num país democrático, temos que respeitar o direito de ir e vir de todo cidadão e temos que respeitar o direito de decidir qual o melhor tratamento para si. Sou totalmente contrário a medidas impositivas. Sou favorável à conscientização. Não sou da linha de obrigar alguém a fazer algo contra sua vontade".