O clima esquentou entre os treinadores portugueses Paulo Sousa e Jorge Jesus. O 'Mister', que comandou o Flamengo na conquista dos títulos do Brasileirão e da Libertadores em 2019, declarou, em entrevista ao jornalista Renato Maurício Prado, do UOL, que gostaria de voltar ao clube carioca e estipulou um prazo para o rubro-negro responder: 'até o dia 20', disse, em publicação divulgada nesta quinta (5) pela manhã. À tarde, em comunicado enviado à imprensa portuguesa por seu empresário, Hugo Cajuda, e apresentado pela Sport TV, entre outros veículos portugueses, a assessoria do atual técnico flamenguista, Paulo Sousa, não poupou críticas.
Intitulado "A (falta de) vergonha sai à rua", o comunicado diz que "sem surpresa assistimos a mais um momento deplorável, de alguém que só estando perturbado e desesperado pode revelar tamanha falta de ética, falta de respeito e falta de profissionalismo". E critica sem rodeios, dizendo que "apesar do seu largo histórico, a referida pessoa consegue subir muitos patamares em mais um episódio vergonhoso".
Cajuda critica de forma aberta Jorge Jesus, falando do "eu sobrepor-se ao nós", e que o treinador usou um tema grave como a pandemia para justificar a campanha ruim no Benfica ou para abandonar o Flamengo logo depois de renovar o contrato.
Além disso, falou que "é um ataque nunca visto" e que Jorge Jesus não tem quaisquer sentimentos com o Flamengo, ao contrário do que diz. "A tentativa de desestabilizar um clube “amigo” desta forma é inaceitável", completa. "É um ataque à classe dos treinadores profissionais de futebol, um ataque à ética e à dignidade", critica. Cajuda encerra a nota dizendo que agradece os contatos que recebeu manifestando repúdio com a situação.
Veja o comunicado na íntegra:
“Comunicado: A (falta de) vergonha sai à rua
Sem surpresa assistimos a mais um momento deplorável, de alguém que só estando perturbado e desesperado pode revelar tamanha falta de ética, falta de respeito e falta de profissionalismo. Apesar do seu largo histórico, a referida pessoa consegue subir muitos patamares em mais um episódio vergonhoso.
Esta é a continuidade do "eu" sempre a sobrepor-se ao "nós", do uso da pandemia, um tema tão grave, para justificar desastres, como o que aconteceu no Benfica, ou como justificação para abandonar o Flamengo poucos dias após renovar e num momento delicado para o clube. As justificações e as desculpas, deviam era ser dadas aos adeptos benfiquistas, por terem visto ser gastos 150 milhões de euros para conquistarem zero títulos.
A referida pessoa revela uma total ausência de sentimentos para com a instituição Flamengo, ao contrário do que apregoa, porque a tentativa de desestabilizar um clube "amigo" desta forma é inaceitável.
É um ataque nunca antes visto a colegas de profissão e compatriotas, mas mais do que isso é um ataque à classe dos treinadores profissionais de futebol, um ataque à ética e à dignidade.
Agradecemos os muitos contactos de treinadores e outros profissionais do mundo do futebol, em especial dos que trabalham no Brasil e que nos têm procurado para manifestar o seu total repúdio para com esta situação com a qual não se revêem.
Deveria ser uma obrigação pessoas com esta notoriedade terem comportamentos exemplares passando mensagens positivas ao mundo, ao invés daquilo a que estamos a assistir.”