Soberano e inteligente. Assim atuou o América na vitória sobre o Botafogo-SP, na sexta-feira (9), na análise feita pelo técnico Cauan de Almeida. O resultado do jogo foi 3 a 1 para o Coelho, que não vencia havia cinco jogos.

"Na minha opinião, fomos soberanos no primeiro tempo, soberanos mesmo no jogo. Tivemos muita posse, muitas chances criadas. Fomos inteligentes para criar essas chances mediante uma equipe que se defende bem, que sabe o que quer do jogo o tempo inteiro. Então a gente teve que ser muito inteligente na estratégia do jogo", disse. A fala foi em coletiva de imprensa após a partida, que valeu pela 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Embora tenha elogiado a atuação da equipe, o comandante do Coelho admitiu que o elenco sentiu mentalmente o gol, tomado no segundo tempo, como "ficou visível para todo mundo", mas disse que isso vai ser trabalhado com a equipe. Cauan de Almeida acredita que o resultado do jogo vai "tirar esse peso". 

"Quando você toma um gol e está com 2 a 0 controlado, já vêm à mente coisas que não são tão interessantes. Então, com a vitória, acredito que já vai tirar isso", analisou.

Segundo tempo

Questionado sobre as chances que o adversário conseguiu criar no segundo tempo, o comandante do Coelho avaliou que os gols sofridos pelo time na competição são devido a falta de concentração e de foco em lances pontuais, o que precisa ser corrigido. 

"Estamos trabalhando cada vez mais para que isso não ocorra. O América precisa estar sempre integrado. É importante a gente ter o controle do jogo e construir situações com mais clareza", acrescentou. 

Investimento na posição de meia

Daniel Júnior, autor de um dos gols (os outros foram de Marlon e Fabinho), foi descrito pelo treinador como "um jogador muito técnico, muito inteligente". E, ao comentar sobre a atuação do atleta e também de Lucão, Cauan de Almeida aproveitou para opinar sobre a carência de meias, que é muito falada no Brasil, como ele ressaltou, embora discorde do que se diz. 

"Eu não acredito nisso (na carência de meias). A gente tem bastante meias de qualidade. A gente (como técnico) é que tem essa obrigação de potencializar esses jogadores nas melhores posições, nas melhores características. Eu como treinador tento fazer isso de uma forma bem lúcida, bem tranquila, porque eu acredito muito que uma das nossas essências para voltar a ser vencedor, falando de futebol brasileiro, é ter esse meia. A gente sempre teve, sempre terá, e cabe a nós treinadores potencializar isso", finalizou.