América

Adílson Batista testa esquemas

Técnico ficou conhecido como 'professor Pardal' por fazer mudanças radicais no time

Por Antônio Anderson
Publicado em 18 de agosto de 2018 | 08:00
 
 
 
normal

Ao longo de sua carreira, Adílson Batista foi chamado de “professor Pardal” por causa das experiências que costuma fazer na escalação da equipe. Essa fama surgiu em 2010, quando o atual técnico do América comandou o Cruzeiro. Naquela oportunidade, em um jogo contra o Ituiutaba pelo Campeonato Mineiro, a Raposa vencia por 4 a 1, mas acabou cedendo o empate.

Adílson Batista foi responsabilizado pelo resultado, uma vez que ele tirou os laterais Jonathan e Jadílson e o atacante Guilherme e colocou o volante Elicarlos, o zagueiro Thiago Martinelli e o lateral-direito Apodi. Desde então, o treinador passou a conviver com o estigma de fazer experiências na equipe que, em algumas as vezes, acabaram não surtindo o efeito esperado.

No América, após quatro jogos pelo Campeonato Brasileiro, a única vez que Adílson Batista fez experiência foi na partida com o Bahia, quando escalou o time com três zagueiros (Paulão, Messias e Matheus Ferraz). Sem Aderlan, suspenso, ele improvisou o volante Juninho na ala direita e reforçou a marcação no meio com Leandro Donizete, Juninho e Gerson Magrão. A formação contrariou o estilo de jogo que o clube vinha apresentando até então pela competição, uma vez que o setor criativo pouco funcionou. Apesar da defesa reforçada, o América acabou derrotado pelo tricolor baiano por 1 a 0.

Esquemas. No geral, Adílson Batista vem fazendo um bom trabalho no América, apesar do pouco tempo para treinar o time. Uma das principais características da equipe com o treinador foi a melhora defensiva, com o time fazendo duas linhas de marcação próximo de seu gol e, com a bola, tentando sair rápido para buscar o contra-ataque. O alviverde tem uma variação do esquema 4-2-3-1 para o 4-4-2. Este sistema funcionou bem nas vitórias contra o Internacional e, principalmente, contra o Santos, na Vila.

O Coelho atuou atrás sem dar espaços para a equipe paulista. Sem propor o jogo, o América terminou o confronto diante do Santos com apenas 28% de posse de bola e ainda assim conseguiu a vitória por 1 a 0. Neste sistema, um dos destaques do América com Adílson Batista tem sido o meia Ruy, que vem atuando como um falso atacante. O jogador, inclusive, vem se destacando na armação das jogadas ofensivas.

Desde que chegou ao América, Adílson Batista vem convivendo com problemas de lesões e suspensões para escalar a equipe, o que tem obrigado o treinador a mexer na formação do time. Enquanto tenta encontrar a melhor maneira de trabalhar, Adílson Batista faz testes. A possibilidade de precisar improvisar dá motivos para experiências e novos testes que podem trazer à tona sua fama de “professor Pardal” novamente.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!