A derrota por 3 a 1 para o Flamengo no Maracanã, construída com dois gols no início do primeiro tempo e um no segundo, frustrou os torcedores do Atlético, que imaginavam um time mais combativo dentro de campo e sonhavam em deixar o Maracanã em vantagem. Mas, diante do placar desfavorável, foi a hora de evocar o quase infalível ‘eu acredito’ e se apegar à campanha do título em 2014.
Na ocasião, o time alvinegro, que levantou o troféu em cima do rival Cruzeiro, havia perdido por 2 a 0 para o Corinthians, nas quartas de final, e Flamengo, na semifinal da Copa do Brasil. No jogo de volta, atuando em casa, diante de sua fanática torcida, o Galo conseguiu reverter os placares e avançar na competição, que acabou sendo campeão.
Mesmo com a derrota por 3 a 1 para o Flamengo, na primeira partida da final da Copa do Brasil, os torcedores atleticanos não perderam a fé e acreditam na virada no jogo de volta, na Arena MRV. No estádio do Galo, a torcida acompanhou o jogo deste domingo (3). pic.twitter.com/z6xOfMa0Hk
— O Tempo (@otempo) November 3, 2024
O gol de Alan Kardec, aos 34 da etapa final, não foi o suficiente para empolgar os alvinegros, mas trouxe pelo menos um pouco de esperança para a volta no próximo domingo na Arena MRV lotada.
“Aqui na Arena MRV é Galo. Enquanto houver um por cento de chance a gente acredita”, disse o torcedor Guilherme Smith, que assistiu à partida ontem na esplanada da Arena MRV. “É o mantra do eu acredito. Na volta é 3 a 0 Galo. Vamos classificar. Se a gente virou contra o Flamengo uma vez, vamos virar outra”, disse outro torcedor atleticano na Arena.
Outra torcedora entusiasmada demonstrou a mesma expectativa. “A gente está acostumado a reverter resultado, 2013 foi assim na Libertadores e na Copa do Brasil de 2014 também. Se a gente virou contra o Flamengo uma vez, a gente vira de novo. Semana que vem a gente vai buscar esse título”, garantiu.
Paixão fala alto
Muitos jovens que fizeram ontem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Belo Horizonte tiveram que se apressar para não perder o jogo. Alguns assumiram que fizeram as provas o mais rápido que podiam para torcer pelo time do coração como Augusto Leocadi, de 16 anos.
Ele foi um dos primeiros a deixar o local das provas e admitiu que escolheu as perguntas mais simples e deixou de lado as mais difíceis para não perder o jogo. “A prova foi cansativa, mas o tema da redação sobre a herança africana no Brasil foi fácil. Terminei rapidinho e já estou a caminho de ver o Galão”, comentou o torcedor atleticano. (Com Deanne Gherardi)