O ano era 2010. Com a instabilidade defensiva, o Atlético decidiu realizar um grande investimento em um zagueiro. O clube, então, foi até a Alemanha para trazer Réver, do Wolfsburg, por € 3,5 milhões (quase R$ 10 milhões à época). Essa foi a última vez que o Galo investiu alto no seu setor defensivo. Nos anos seguintes, apostou em empréstimos e em atletas sem contrato. Acertou apenas em alguns, como Leonardo Silva, destaque nos últimos anos. Errou na maioria e agora sofre para encontrar nomes de qualidade no mercado.

No Brasileiro deste ano, são cinco duplas distintas e um desempenho nada animador. O alvinegro tem a terceira pior defesa da Série A, com 26 gols sofridos em 18 partidas. Por conta disso, o técnico Thiago Larghi pediu um zagueiro “pronto”, para chegar, vestir a camisa e assumir a titularidade. No entanto, o hábito de apostas continua. O 15º zagueiro contratado de 2010 pra cá, é o uruguaio Martín Rea, de 20 anos, que será apresentado oficialmente nesta terça (14), na Cidade do Galo.

Pouco conhecido no futebol brasileiro, ele tem apenas 13 partidas pelo profissional, com um gol marcado, cinco cartões amarelos e uma expulsão. “Apesar de ter pouca experiência, ele já foi convocado para a seleção de base do Uruguai. Se é uma oportunidade de negócio, se é um jogador jovem, que vem para somar, ganhar experiência, crescer e trabalhar aqui já pensando na próxima temporada, acho que é válido”, analisa Thiago Larghi.

Além de Léo Silva, o Atlético acertou em três ocasiões: revelou e vendeu Jemerson para o Monaco, da França, em 2017, por € 11 milhões (cerca de R$ 48 milhões); contou com o empréstimo do argentino Otamendi, que deixou saudade, e lançou Bremer, em 2017, o negociando com o Torino, da Itália, neste ano, por € 6 milhões (cerca de 27 milhões). Gabriel também foi revelado pelo clube, mas passa por má fase.

Quando o Galo decidiu gastar, não foi feliz. O clube pagou R$ 3 milhões no zagueiro Emerson, do Coritiba. Ele fez 14 jogos, não marcou gol e nem justificou o investimento.